Três partidas, um mesmo adeus: o verão que passou rápido em Braga
O futebol também vive de ciclos curtos daqueles que chegam cheios de promessas e partem antes de criarem raízes. Em Braga, fechou-se agora um desses capítulos. Gudrún Arnardóttir, Ria Öling e Michaela Workou não vão continuar a vestir o vermelho e branco, num adeus silencioso, mas carregado de significado.

A despedida ganhou voz através de Gudrún Arnardóttir. Nas redes sociais, a internacional islandesa resumiu em poucas palavras aquilo que tantas carreiras sentem: nem todas as histórias encaixam no tempo certo. Houve aprendizagem, houve entrega, houve companheirismo e isso, garante, fica para sempre. O futuro, esse, já chama por um novo começo.
Dentro das quatro linhas, Gudrún foi uma das figuras mais visíveis numa época feita de contrastes. Participou em 14 jogos, marcou dois golos e somou uma assistência, deixando a marca de quem tentou empurrar a equipa para a frente mesmo quando o caminho não era linear.
Já Ria Öling, internacional finlandesa, ainda teve espaço para mostrar serviço: dez jogos, um golo e duas assistências, numa presença discreta, mas útil.
Diferente foi o percurso de Michaela Workou. A lesão impediu-a de se estrear pela equipa principal, transformando a sua passagem por Braga num desses “e se?” que o futebol tantas vezes cria.
O SC Braga confirmou a saída das três atletas através de um acordo de rescisão por motivos pessoais, deixando palavras de agradecimento pelo profissionalismo e dedicação demonstrados. Um comunicado curto, como curta foi a estadia das jogadoras no Minho.
Chegaram todas no mesmo verão, cheias de ambição e expectativa. Partem agora pelo mesmo caminho, com destinos diferentes, mas uma experiência comum: Braga foi um ponto de passagem, não de permanência. No futebol, nem todas as histórias precisam de durar muito para deixar algo para trás. Às vezes, basta o tempo suficiente para aprender, seguir em frente e recomeçar.





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