O futebol, como a vida, raramente respeita guiões. E Edna Imade é hoje prova disso. Quando tudo apontava para uma época inteira a vestir as cores da Real Sociedad, o destino mudou de rota a meio do caminho. O Bayern Munique decidiu agir, puxou dos galões e chamou a avançada de volta antes do tempo previsto.

Aos 25 anos, Edna deixa San Sebastián depois de uma passagem curta, mas intensa. Chegou no verão, emprestada pelo colosso alemão que no mesmo mercado comprou a jogadora ao Granada, e rapidamente conquistou o relvado, os adeptos e os números. Em apenas 11 jornadas da Liga F, assinou oito golos, colocou o seu nome entre as melhores marcadoras da competição e tornou-se uma das figuras mais influentes do campeonato espanhol.
O impacto foi imediato e impossível de ignorar. Tanto que, em novembro, a avançada viveu um dos momentos mais altos da sua carreira: a estreia pela seleção espanhola, logo numa final da Liga das Nações.
O Bayern, atento e pragmático, decidiu não esperar pelo fim da época. A cláusula estava lá —e foi ativada. Edna junta-se ao plantel bávaro já durante o estágio de inverno, entre 9 e 16 de janeiro, numa altura em que o clube procura novas soluções ofensivas e reorganiza o ataque após mudanças importantes no plantel.
Antes disso, fica um último capítulo com a camisola txuri-urdin. O jogo frente ao Atlético de Madrid, a 10 de janeiro, marcará a despedida oficial de Edna da Real Sociedad. Um adeus com sabor agridoce: rápido demais para quem a viu brilhar, inevitável para quem reconhece o seu crescimento.
No futebol, nem todas as histórias são longas. Algumas são simplesmente intensas e esta foi uma delas.





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