Há histórias que não cabem apenas num relvado. A de Alexia Putellas é uma delas. Capitã do FC Barcelona, ícone do futebol mundial e símbolo de uma geração que recusou ficar à margem, a jogadora prepara-se para dar o salto para o grande ecrã com um filme inspirado na sua vida, cuja estreia está prevista para o final de 2026 ou início de 2027. A notícia foi avançada pelo jornalista David Menayo do jornal a Marca.

Intitulado “Alexia”, o filme será uma obra de ficção com cerca de 90 minutos que mergulha na infância de uma rapariga apaixonada pelo futebol, determinada a seguir um caminho que, durante anos, parecia proibido às mulheres. Entre dificuldades económicas, preconceito de género e portas fechadas, a protagonista enfrenta a dura realidade do futebol feminino, num retrato cru, honesto e profundamente inspirador.

Esta não é a primeira vez que a história de Alexia ganha forma fora das quatro linhas. Em 2022, a jogadora abriu as portas da sua vida na série documental “Alexia, Labor Omnia Vincit”, lançada na Amazon Prime Video. A produção mostrou o lado mais humano da atleta, incluindo um dos momentos mais difíceis da sua carreira: a grave lesão que a afastou dos relvados e a obrigou a reaprender a confiar no próprio corpo, na mente e no tempo.

Agora, essa jornada de superação ganha uma nova linguagem. A realização do filme ficará a cargo de Lucía Alemany, com argumento assinado por Valentina Viso e Daniel González, nomes reconhecidos pela sensibilidade com que abordam histórias humanas e sociais. As gravações estão previstas para 2026, com um orçamento a rondar os três milhões de euros.

A produção reúne LaCima Producciones, Lazona Films e U1ST Sports Marketing, contando ainda com o apoio da Movistar Plus+ e do Instituto Catalão das Empresas Culturais um sinal claro da dimensão e relevância do projeto.

Com milhões de seguidores, contratos com marcas globais e uma fundação dedicada ao impacto social, Alexia Putellas já escreveu o seu nome na história do desporto. O cinema será agora mais um palco para contar uma verdade simples, mas poderosa: o talento não tem género e os sonhos, quando são persistentes, encontram sempre forma de chegar mais longe.