Na oitava jornada da Liga BPI, a equipa gaiense mostrou maturidade, frieza e ambição, saiu de Vila do Conde com uma vitória por 2-0 e confirmou que o lugar no pódio não é acaso é consequência.

O início do encontro prometia equilíbrio. O Rio Ave, pressionado pela necessidade de pontos para ganhar margem na luta pela manutenção, entrou com coragem e vontade de assumir o jogo. O Valadares respondeu com serenidade, fechando espaços e aguardando o momento certo para ferir.
Ainda assim, houve sinais de perigo. Aos 12 minutos, Carlota Cristo apareceu solta na área e cabeceou por cima, arrancando aplausos tímidos das bancadas. Do outro lado, Jennie Lakip respondeu pouco depois, também pelo ar, mas sem a precisão necessária para desfazer o nulo. O marcador resistiu, espelhando uma primeira parte repartida, sem grande brilho, mas disputada palmo a palmo.
O descanso trouxe um Valadares mais audaz. A equipa visitante subiu linhas, ganhou confiança e começou a empurrar o Rio Ave para trás. As ocasiões começaram a surgir em catadupa e o aviso foi claro: o golo estava a amadurecer.
À passagem do minuto 65, o momento-chave do encontro. Uma grande penalidade assinalada a favor das visitantes deu a Erica Meg a oportunidade de abrir o livro. Sem tremer, a jogadora bateu Cassie Coster e colocou o Valadares na frente, silenciando Vila do Conde.
O Rio Ave tentou reagir, lançou-se para a frente e esteve perto do empate, especialmente com Chardonnay Curran, que em dois lances consecutivos deixou o golo a escassos centímetros. Mas quando se arrisca, paga-se caro e o Valadares não perdoou.
Aos 86 minutos, Jennie Lakip vestiu a braçadeira de capitã também nos pés. Recebeu de Morgan Stone, enquadrou-se com a baliza e finalizou com frieza absoluta. O 2-0 caiu como um selo final numa exibição segura, pragmática e cheia de personalidade.






Deixe um comentário