Na manhã deste domingo no Amélia Morais viveu-se antes um daqueles jogos tensos, fechados, onde cada metro do relvado foi disputado como se fosse decisivo. SC Braga e Racing Power saíram da 8.ª jornada da Liga BPI com um empate a zeros que não aqueceu o marcador, mas explicou muito do momento de ambas as equipas.

Foto: FPF



Foi um encontro jogado com o travão puxado. Duas equipas mais preocupadas em não falhar do que em arriscar. As defesas impuseram-se desde cedo, transformando o jogo numa sucessão de duelos físicos, passes interceptados e ataques que morriam antes de ganhar vida. A criatividade raramente encontrou espaço para respirar.

O SC Braga tentou assumir o papel de protagonista, empurrando o jogo para o meio-campo adversário, mas esbarrou constantemente num Racing Power organizado, paciente e confortável a esperar pelo erro. As arsenalistas tiveram bola, território e intenção, mas faltou-lhes clarividência nos últimos metros.

Do lado visitante, o pragmatismo foi palavra de ordem. Pouca exposição, linhas juntas e uma abordagem fria, quase calculista. O ataque apareceu em conta-gotas, mas quando surgiu deixou avisos. Um deles obrigou a guarda-redes bracarense a uma intervenção decisiva, num dos raríssimos momentos em que o jogo ameaçou fugir do controlo defensivo.

No fim, o nulo acabou por sorrir mais ao Racing Power, que soma mais um ponto, sobe lugares na classificação e sai de Braga com a sensação de missão cumprida. Já o SC Braga, ainda à procura de se impor em casa nesta Liga BPI, saiu com frustração e com a certeza de que controlar não é o mesmo que criar.

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