O futebol tem destas histórias que se escrevem em silêncio… e explodem num instante. Em Braga, quando tudo parecia encaminhado para o prolongamento, surgiu um momento de inspiração que mudou o destino da eliminatória e deixou o Sporting fora da Taça de Portugal.

Os oitavos de final da Taça de Portugal arrancaram este fim de semana e o caminho até ao Jamor começou, desde logo, a ficar mais curto para quem falha nos detalhes. No jogo grande da ronda, qSC Braga e Sporting CP protagonizaram um duelo intenso, equilibrado e jogado com nervos à flor da pele.
Durante largos minutos, nenhuma das equipas conseguiu impor-se de forma clara. O respeito mútuo, a organização defensiva e a importância do momento tornaram o jogo fechado, com poucas oportunidades flagrantes. O nulo ao intervalo espelhava na perfeição o que se passava em campo: luta, estratégia e paciência.
Na segunda parte, o cenário manteve-se. Braga e Sporting procuravam o erro adversário, conscientes de que um único lance poderia decidir tudo. As leoas tentavam manter viva a tradição de chegar sempre às fases finais da prova rainha, enquanto as minhotas acreditavam que o dia podia ser histórico.
E foi mesmo.
Quando o relógio marcava 87 minutos, Ásdís Halldórsdóttir assumiu o protagonismo. A avançada islandesa do SC Braga disparou um remate cheio de intenção, contou com a ajuda do poste e deixou Anna Wellmann sem resposta. Um golo bonito, tardio e devastador para o Sporting.
Sem tempo nem espaço para reagir, a equipa de Micael Sequeira viu chegar ao fim a sua caminhada na Taça de Portugal, naquela que foi a pior prestação das verde e brancas na competição, depois de anos consecutivos a atingir, pelo menos, as meias-finais.
Para o SC Braga, orientado por Marwin Bolz, a vitória sabe a afirmação. Depois de uma entrada autoritária na prova, com uma goleada na ronda anterior, as arsenalistas eliminam um dos grandes favoritos e tornam-se a primeira equipa a carimbar presença nos quartos de final.
No Minho, a Taça escreveu mais uma das suas páginas imprevisíveis. E, desta vez, foi o Braga quem sorriu… mesmo ao cair do pano.






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