O Sporting foi a Vila do Conde com a consciência tranquila e a ambição em alta,afinal, cada ponto pesa quando o clássico com o Benfica já espreita ao virar da esquina. E, numa tarde em que o mar parecia respirar ao ritmo do jogo, as leoas saíram do Estádio do Rio Ave com três pontos firmes na bagagem e um rugido de autoridade.

A primeira parte? Um duelo tenso, marcado por equilíbrio e paciência ,como dois adversários que se estudam antes de carregar no acelerador. Capeta ameaçou duas vezes, Coster negou ambas com luvas firmes, e o intervalo chegou como quem diz: “preparem-se, o que interessa vem já”.
E veio mesmo.
Mal a bola voltou a rolar, Telma Encarnação decidiu que era hora de rasgar o silêncio. Com um remate seco, daqueles que não pedem licença, abriu o marcador e soltou o futebol leonino. O Rio Ave abanou, e o Sporting não perdoou: pouco depois, Carolina Santiago, bem servida por Beatriz Fonseca, fez o segundo e colocou as vilacondenses contra as cordas.
A entrada de Brittany Raphino só veio acender ainda mais a chama. Entrou com frescura, marcou com convicção. O 0-3 parecia selar uma tarde perfeita, mas o Rio Ave ainda gritou por orgulho: Carlota Cristo reduziu na sequência de um canto, aproveitando um raro momento de desconcentração da defesa verde e branca.
No entanto, nada que tirasse brilho à exibição das leoas. O apito final confirmou o que já se percebia nas bancadas: vitória clara, futebol dominante e uma afirmação séria na corrida pelos lugares cimeiros. Com 14 pontos, o Sporting de Micael Sequeira mantém-se firme na segunda posição, enquanto o Rio Ave continua a lutar para fugir da turbulência perto da linha de água.
Em Vila do Conde, soprou vento forte mas quem rugiu, sem hesitar, foi o Sporting.






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