A noite caiu gelada sobre o Fritz Walte Stadion, mas o relvado fervia. Alemanha e Espanha encararam-se na primeira mão da final da Liga das Nações de 2025 com a intensidade e o nervosismo próprios de quem sabe que um título estava à distância de dois jogos e o resultado, um 0-0 cheio de tensão, deixou tudo por decidir para Madrid.

Mal o jogo tinha começado e já a Alemanha mostrava ao que vinha. Aos 15 segundos, sim, 15 segundos, as germânicas invadiam a área espanhola e assinavam o primeiro aviso sério da final. Era o prenúncio de uma primeira parte em que foram elas a querer mandar no jogo e a deixar a Espanha em alerta máximo.
Em Kaiserslautern as emoções chegaram depressa. A seleção espanhola, estreando novo equipamento, procurava controlar a posse, mas não teve tempo sequer para respirar. A pressão alemã era sufocante, organizada e incisiva. A cada transição rápida, a defesa espanhola abanava. Cata Coll, gigante na baliza, e Irene Paredes, em cima da linha de golo, travaram dois lances claríssimos quase em meia hora de jogo. As germânicas aceleravam; “La Roja” tentava sobreviver ao vendaval.
A segunda parte virou o cenário. A Espanha regressou do balneário com outra cara: mais agressiva, mais criativa e muito mais perto do golo. Alexia Putellas avisou logo aos três minutos, e pouco depois uma jogada brilhante de Mariona culminou num remate de primeira de Esther… ao poste.

A resposta alemã não tardou Klara Bühl, das nelhor e em campo , implacável sempre que tocava na bola, também atirou à trave e gelou a bancada espanhola. Cada arrancada da jogadora do Bayern era uma ameaça, cada toque um problema para a linha defensiva espanhola.
O encontro transformou-se então numa batalha de nervos, com substituições estratégicas, momentos de sofrimento e explosões de esperança. Nos minutos finais, Edna Imade estreou-se com a camisola espanhola e quase marcou no seu primeiro toque, num jogo que parecia pedir um golo… mas que recusou entregá-lo..
Quatro meses depois do duelo épico no Europeu decidido por Aitana Bonmatí aos 113 minutos Espanha e Alemanha voltaram a medir forças. E voltaram a empatar em alma, talento e sofrimento.
Agora, tudo se decide em Madrid.
São esperados noventa minutos de pura tensão no Metropolitano. Uma coisa é certa na próxima terça-feira, 2 de dezembro a taça vai ser erguida, resta saber se pela Espanha na revalidação do título ou se pela Alemanha na sua primeira conquista






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