A Cidade do Futebol viveu uma semana de intensa antecipação. Depois de Érica Cancelinha, Inês Meninas e Kika Nazareth terem aberto as conferências de imprensa, chegou a vez de Francisco Neto e Dolores Silva assumirem o protagonismo. Tanto o selecionador como a capitã deixaram mensagens claras Portugal está a crescer, está mais consciente e quer provar isso em campo.

Foto: FPF (site 27/11/2025)



Com a serenidade habitual, mas determinado no discurso, Francisco Neto assumiu que a vitória sobre os Estados Unidos deu à equipa um impulso emocional raro. Para um grupo que tinha apenas um triunfo nos últimos dez encontros, o resultado em solo norte-americano ganhou peso simbólico e competitivo.

Sem esconder as dificuldades, Neto escolheu olhar para a evolução registada ao longo do ano:
“Se falarmos no ano de 2025, temos a vitória frente à Bélgica [1-0], o empate com a Inglaterra [1-1], campeã da Europa. Depois, um empate em casa com a campeã africana [Nigéria, 0-0], um empate com a Itália no Campeonato da Europa e a vitória agora com as campeãs olímpicas”

Assumiu, contudo, que há trabalho por fazer.
“Não nos escondemos atrás das coisas, temos de querer ser melhores e trabalhamos para isso… A forma dominadora como jogámos diz-nos que este é o caminho, mas temos que o conseguir fazer mais vezes, ser mais consistentes”, explicou, acrescentando que o crescimento de um projeto também passa por momentos menos positivos

O histórico frente aos Países Baixos não favorece Portugal, mas o treinador acredita numa equipa capaz de causar desconforto ao adversário e de resistir às suas armas. E deixou um recado sobre a escolha de adversários:
“O caminho mais fácil seria não competir com estas equipas, mas temos a perfeita noção de que, se não jogarmos contra elas, nunca vamos estar no patamar delas”

Se a mensagem do selecionador foi analítica, a da capitã trouxe emoção e espírito de equipa. Dolores Silva descreveu o estágio como uma oportunidade de crescimento e mostrou-se satisfeita com a resposta dada recentemente.

“Vejo estes dias de forma bastante positiva, temos vindo a trabalhar bem, muito focadas no que queremos potenciar na nossa equipa e depois estudar a estratégia dos adversários”,afirmou, destacando o privilégio de defrontar seleções de alto nível.

Para a capitã, a vitória frente às campeãs olímpicas não foi apenas um resultado. Foi um renascer.
“Sim, foi um momento bastante importante… Tudo o que mostrámos em campo representa o que somos como equipa, que em momentos menos bons nos vamos levantar porque temos qualidade para isso”

Ainda assim, deixou o aviso: o triunfo nos EUA não pode ser um ponto de chegada.
“Não nos podemos agarrar só a isso, temos que continuar a trabalhar ao máximo e a crescer e evoluir, representando Portugal com a máxima honra e orgulho”

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