A tarde caía suave sobre o relvado da Cidade do Futebol quando as nossas Sub-17 deram o pontapé inicial rumo ao Europeu. Frente à Hungria, e com a ambição bem firme nos pés, a jovem armada de Beatriz Teixeira entrou em campo com uma certeza: este apuramento começava ali, naquele instante, e não podia falhar.

Desde o apito inicial que as portuguesas tomaram conta do jogo, num domínio tão claro que quase parecia coreografado. A bola circulava, as jogadas fluíam, mas o golo… esse teimava em não chegar. No primeiro tempo, Portugal tratou o encontro com calma cirúrgica; no segundo, acelerou o pulso até deixar a Hungria a respirar por um fio.

Foram oportunidades atrás de oportunidades, remates que passaram ao lado, ataques  bem construídos mas que acabam fora do alvo, a ansiedade subia mas dentro de campo ninguém largava o rumo.

E foi já para lá dos 90’, quando o coração bate mais forte do que a razão, que a justiça finalmente sorriu. Catarina Santiago arrancou numa jogada cheia de fibra, rasgou a defesa e ofereceu a Matilde Sá, avançada do Clube de Albergaria o momento que toda a equipa procurava. Um toque, uma explosão de alegria, três pontos merecidíssimos.

No outro duelo do grupo, a Espanha confirmou o seu favoritismo com um expressivo 6-1 sobre a Bulgária. O caminho não será fácil, mas é em Oeiras que tudo se vai decidir: segue-se a Bulgária, a 29 de novembro, e depois a poderosa Espanha, a 2 de dezembro.