Durante 45 minutos, parecia um conto de fadas vermelho e branco. O Arsenal, confiante e destemido, deixava o Bayern de Munique desnorteado, em pleno Allianz Arena. A pressão alta, os passes certeiros, a garra ,tudo apontava para uma vitoriosa da equipa do norte de Londres. Mas o futebol um poeta imprevisível, escreveu um final bem diferente.

Logo aos cinco minutos, Beth Mead inventou o caos na defesa bávara. Um remate inocente, um desvio infeliz da guarda-redes Maria Luisa Grohs, e Fox apareceu no sítio certo para cabecear o primeiro. O Arsenal respirava confiança, sentia-se dono da noite. Minutos depois, uma recuperação rápida, um passe inteligente de Mead, e Caldentey disparou um míssil que silenciou os alemães presentes. 2-0. Tudo parecia controlado.
Na bancada, os mais de 400 adeptos londrinos gritavam como se estivessem no Emirates. Tinham atravessado fronteiras e frio para ver o renascimento da sua equipa. Mas o destino, como tantas vezes, tinha outros planos.
Do outro lado, Klara Bühl decidiu que era hora de mudar o rumo da história. Um, dois, três passes cirúrgicos,três assistências que fariam dela a heroína improvável da noite. Primeiro, um contra-ataque fulminante, terminado por Alara Sehitler com um remate seco e certeiro. Depois, um cruzamento perfeito para Pernille Harder, que empatou com classe. A partir daí, o Bayern acreditou e o Arsenal desabou.
O golpe final veio de cabeça islandesa: Glodis Viggosdottir completou o terceiro, após mais uma bola açucarada de Bühl. O Allianz explodiu. Do 0-2 ao 3-2, o Bayern mostrou por que é uma potência europeia.
Para o Arsenal, ficou o amargo sabor daquilo que podia ter sido. Faltou concentração, sobrou ingenuidade. Na Liga dos Campeões, onde cada erro custa caro, as inglesas complicam a vida num grupo onde não há espaço para deslizes.
Entre aplausos bávaros e silêncios londrinos, a noite em Munique provou mais uma vez que no futebol, nada está ganho até o último segundo.






Deixe um comentário