O Estádio do Algarve recebeu um jogo que não pediu licença para acelerar o coração de quem lá estava. Damaiense e Rio Ave disputaram a 6° jornada da Liga BPI com um empate a uma bola, num duelo onde cada metro de relva pareceu disputado como se valesse um troféu.

Foto: FPF (site 09/11/2025)



A tarde ganhou brilho cedo, e o nome que o acendeu foi o de sempre: Lidiane Antunes. A avançada, que já leva 5 golos em 6 jogos ,todos os do Damaiense nesta temporada, voltou a assumir o protagonismo. Aos 10 minutos, foi derrubada na área e encarou a marca dos onze metros com a frieza de quem transforma pressão em rotina. Rematou, marcou e deu à sua equipa a vantagem que procurava.

O Rio Ave, que até tinha iniciado o encontro com maior ambição ofensiva, viu-se obrigado a reorganizar ideias. Na primeira parte teve bola, teve iniciativa, mas faltou-lhe eficácia. O intervalo trouxe nova energia às vilacondenses, que regressaram com outra alma: mais altas, mais intensas, mais determinadas a correr atrás do empate. Criaram perigo, empurraram o Damaiense para terrenos desconfortáveis e obrigaram a defesa contrária a trabalho constante.

O golo, porém, teimava em não aparecer. Até que, nos minutos finais, a insistência deu frutos. Um penálti a favor do Rio Ave colocou Madison Wolfbauer frente a frente com o empate. Um toque firme, convicto, e a bola encontrou as redes o jogo encontrava justiça.

O apito final não premiou a ousadia de uma nem o esforço da outra; simplesmente registou aquilo que se viu: um encontro equilibrado, disputado até ao último segundo, onde ninguém desistiu de lutar pelo que era seu.

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