O jogo nem tinha aquecido em Gaia e já o Valadares agitava as bancadas: logo aos 5 minutos, Jennie Lakip aproveitou um ressalto na área e abriu o marcador, dando às gaienses um arranque cheio de confiança. A equipa da casa continuou por cima, criando perigo e quase fazendo o segundo num lance travado mesmo sobre a linha.

Mas o cenário mudou aos 39’, quando Daniela Santos viu o segundo amarelo e deixou o Valadares com menos uma. A superioridade numérica deu novo fôlego ao Vitória, que acabou por chegar ao 1-1 em tempo de compensação, através de uma grande penalidade convertida por Vanessa Marques.
A segunda parte foi uma prova de resistência para a equipa de Zé Nando. Mesmo reduzidas, nunca deixaram de procurar o ataque, com remates de longe e bolas paradas a manterem o Vitória em alerta. Ainda assim, quem esteve mais perto de virar o jogo foi a equipa orientada por Ivo Roque com um pontapé ao poste de Betinha que fez o estádio suspirar.
Nos minutos finais, tudo esteve em aberto: oportunidades repartidas, reclamações de penálti, remates perigosos por parte de Érica Meg e um corte decisivo já nos últimos instantes que manteve o empate.
O 1-1 final espelha bem a tarde: um Valadares valente, que começou melhor e sofreu o golpe da expulsão, e um Vitória que cresceu quando teve espaço para isso. A equipa da casa segue com oito pontos no 5.º lugar, logo seguida pelo adversário, com menos um.
Uma partida intensa, cheia de momentos de risco e de alma daquelas em que ninguém sai sem sentir que lutou até ao fim.






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