Em Rio Maior, numa manhã que parecia talhada para mudar destinos, o Benfica reencontrou o caminho da vitória diante do Torreense e lavou a alma depois de dois tropeções dolorosos frente às mesmas adversárias.

Foto: Torrense via Instagram



O Torreense chegava embalado por uma vitória frente ao Sporting na jornada anterior, enquanto o Benfica, líder isolado, entrava em campo determinado a proteger a sua invencibilidade e a afastar de vez os fantasmas recentes. A ferida ainda estava fresca, a final da Taça de Portugal perdida e a Supertaça a escapar-se mas hoje, o sol brilhou mais forte para as águias.

O Estádio Municipal foi palco de um duelo que começou ao ritmo do coração: acelerado, tenso, disputado palmo a palmo. O Torreense, confiante, entrou sem medo e quase gelava as bancadas quando Gerda Konst obrigou a guardiã encarnada, Lena Pauels, a uma defesa monumental. O Benfica ia respondeu com a irreverência  mas o intervalo chegou com o zero teimoso a mandar no marcador.

Mas o futebol vive de instantes e o instante do Benfica chegou na segunda parte. O ritmo aumentou, as linhas esticaram-se e, aos 67 minutos, Lúcia Alves foi travada dentro da área. Anna Gasper assumiu a responsabilidade, respirou fundo e, com a frieza de quem carrega a confiança de uma equipa inteira, fez o 0-1 de penálti.

O Torreense tentou reagir, mas as águias, agora libertas da sombra das derrotas, começaram a voar com outra segurança. E foi então que Chandra Davidson, oportunista e fulgurante, colocou o ponto final na história: 0-2, resultado fechado, contas arrumadas e um mini ciclo negro finalmente quebrado.

A Liga BPI segue, e o Benfica segue nela de cabeça erguida, isolado no topo não apenas pela matemática, mas pelas boas exibições. O Torrense segue com 6 pontos, mas mesmo com a derrota deixou bons finais com varias jogadoras a mostrarem uma grande qualidade.

Deixe um comentário

Tendência