Nem o frio inglês travou o calor das nossas jogadoras. Em Northampton, as jovens jogadoras da Seleção Nacional Sub-23 voltaram a mostrar que talento e coragem não têm idade nem fronteiras. Frente à poderosa Inglaterra, Portugal arrancou um empate por 1-1 que soube a vitória, num duelo de intensidade, alma e futebol de qualidade.

Logo aos oito minutos, Nádia Bravo fez o impossível parecer fácil: recebeu, pensou rápido e disparou um míssil teleguiado ao ângulo superior. Um golo de levantar estádios, daqueles que fazem qualquer português encher o peito de orgulho.
Mas a Inglaterra, fiel ao seu estilo físico e pragmático, respondeu com garra. Só que entre as postes estava Catarina Potra, muralha intransponível, a negar o empate com defesas de categoria,primeiro a Isobel Goodwin, depois com a ajuda da trave. Do outro lado, Nádia voltou a ameaçar o 2-0, num remate que fez suspirar a bancada.
Na segunda parte, o ímpeto inglês intensificou-se. As britânicas trocaram a bola com precisão cirúrgica até que Keira Barry, aos 56 minutos, encontrou espaço e finalizou com frieza, restabelecendo a igualdade.
O golo não abalou o espírito português, pelo contrário. As lusas voltaram à carga, e por pouco Maria Ferreira não devolveu a vantagem, obrigando a guardiã Faye Kirby a uma defesa brilhante.
O jogo terminou com emoção até ao último sopro: aos 90’, a trave voltou a ser aliada das nossas, negando o segundo golo inglês e selando um empate cheio de raça e entrega.
Depois do nulo frente à França, outro colosso europeu, este empate reforça a imagem de uma equipa em crescimento, madura e cada vez mais competitiva. As pupilas de Ricardo Tavares regressam a casa com o orgulho de quem deixou tudo em campo e a certeza de que o futuro do futebol feminino português está em boas mãos.






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