Em Gotemburgo, o frio sueco tentou travar o fogo espanhol. Mas há coisas que o frio não consegue congelar como o talento e a alma vencedora de Alexia Putellas.

Foto: Selecion Espana Feminina ( X 28/10/2025)



A Espanha voltou a escrever história. Depois do espetáculo em Málaga, onde as campeãs da Liga das Nações aplicaram um sonoro 4-0 à Suécia, “La Roja” viajou até ao norte da Europa com uma mão no bilhete para a final quase garantido. Ainda assim, ninguém entrou em campo para cumprir calendário. Porque quando se veste a camisola de uma seleção campeã, cada jogo é um compromisso com a excelência.

O encontro em Gotemburgo foi uma batalha de paciência e precisão. As suecas, empurradas pelo seu público, mostraram-se compactas e aguerridas, tentando resgatar uma eliminatória praticamente perdida. Mas o toque espanhol feito de ritmo, posse e arte foi mais forte.

E foi precisamente aí, no minuto em que o relógio parecia apenas contar o tempo para o apito final, que Alexia voltou a fazer magia. Um passe milimétrico de Clàudia Pina encontrou os pés da eterna número 11, que, com a frieza de uma rainha e a paixão de quem nasceu para brilhar, enviou a bola para o fundo das redes. 1-0. Silêncio em Gotemburgo. Explosão em Espanha.

Com esse golo, Alexia somou três dos cinco que selaram o apuramento das espanholas para a final uma nova página dourada na história de uma geração imparável.

Mas esta noite teve também espaço para um novo nome: Clara Serrajordi, apenas 17 anos, estreou-se pela seleção principal. Uma promessa que surge no meio das estrelas, como se o futuro estivesse a piscar-nos o olho.

A Espanha venceu por 1-0 fora de casa, somando um total de 5-0 na eliminatória e confirmando a passagem à final da Liga das Nações . Agora, aguarda pelo duelo entre França e Alemanha para descobrir quem tentará travar o seu reinado.

No horizonte, uma nova final. No coração, a mesma chama.E, no centro de tudo, Alexia Putellas  mulher que transforma cada golo num poema em movimento.

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