O Estádio da Luz voltou a brilhar nas noites mágicas da Liga dos Campeões. Diante das campeãs europeias do Arsenal, o Benfica mostrou que não teme gigantes, lutou com garra, emoção e orgulho até ao apito final.

Foto: SL Benfica (Instagram 16/10/2025)



As águias entraram com algumas mudanças no onze de Ivan Baptista: Carolina Tristão e Diana Silva foram titulares, Carole Costa e Chandra começaram como suplentes , e o Benfica mostrou desde cedo que queria discutir o jogo. Do outro lado, o Arsenal apostou no seu talento habitual, com Olivia Smith, ex-Sporting,a mostrar porque é uma das jogadoras mais valiosas do mundo, espalhando classe e velocidade.

A primeira parte foi intensa. O Arsenal dominava a posse de bola, mas o Benfica respondia com transições rápidas. Diana Silva chegou a ameaçar o golo, e Catarina Amado protagonizou um corte magistral que fez o estádio levantar-se num aplauso uníssono. A oportunidade mais clara veio de um cabeceamento poderoso de Diana Gomes, travado pela guardiã neerlandesa. O empate ao intervalo era justo o Benfica estava vivo e a lutar.

Na segunda metade, a história ganhou outro rumo. Um erro na saída de bola e uma confusão na área aos 57’ permitiu a Beth Mead aproveitar e colocar as inglesas em vantagem. O golo abanou, mas não quebrou o espírito encarnado. Ucheibe, incansável, cortava tudo o que podia; Lucia Alves, um verdadeiro motor, corria por todo o campo com alma de guerreira.

Ivan Baptista refrescou o ataque com Martín-Prieto, Boeckmann, Lara Martins e Letícia Almeida, e o Benfica voltou a acreditar. Houve perigo, houve coração, houve esperança. Mas já perto do fim, Alessia Russo confirmou o 2-0 para o Arsenal. Mesmo assim, as águias não desistiram: nos instantes finais, Ucheibe e Diana Gomes estiveram a centímetros de reduzir, obrigando Van Domselaar a intervenções de outro mundo.

Mariona brilhou na Luz como uma verdadeira campeã. Com elegância, visão e uma capacidade de decisão impressionante, comandou o ritmo do Arsenal e desequilibrou sempre que tocou na bola. MVP mais do que merecida

O Arsenal sai da Luz com os primeiros três pontos, num jogo marcado por alguma falta de fluidez e ataques pouco inspirados. Já o Benfica, apesar de somar a segunda derrota na competição, deixou uma imagem extremamente positiva. As encarnadas enfrentaram de igual para igual as atuais campeãs da Europa, mostraram garra, criaram perigo e surpreenderam em vários momentos da partida.

Defensivamente, a equipa esteve em grande plano, com exibições sólidas de Ucheibe e Catarina Amado, verdadeiras muralhas no último terço, e com Lucia Alves a destacar-se como o motor incansável deste plantel, uma jogadora versátil, sempre presente em todas as frentes, quase como um “joker” em campo.

O Benfica pode ter perdido, mas discutiu o jogo com autoridade e personalidade, talvez um resultado injusto para o que fizeram em campo

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