O Benfica entrou em campo no Benfica Campus com a missão de virar a página da derrota na Supertaça diante do Torreense, mas o arranque da Liga BPI revelou-se mais duro do que o esperado.

Foto: SL Benfica

Frente a um Racing Power organizado e com uma guardiã inspirada, as pentacampeãs nacionais não foram além de um empate a zero que deixou sinais de preocupação.As águias começaram dominadoras, com posse e iniciativa, mas faltou intensidade e clareza na definição dos lances. O ataque apresentou-se lento, previsível, e a muralha erguida por Michaely Bihina foi intransponível. A jovem guarda-redes camaronense brilhou entre os postes, mostrando segurança nas saídas e autoridade na grande área, transformando cada tentativa encarnada num exercício de frustração.

Na primeira parte, o Benfica mostrou maior presença ofensiva, sobretudo dentro da área adversária, criando várias situações de perigo mas pecando sempre na finalização. Logo aos 2 minutos, Catarina Amado fez estremecer o poste, enquanto Martín-Prieto acumulava ocasiões claras sem conseguir concretizar. Lúcia Alves e Diana Silva também tentaram furar a muralha adversária, mas a falta de acerto e a inspiração da guarda-redes rival mantiveram o marcador a zeros.

Na segunda parte Ivan Baptista mexeu no jogo, Carolina Tristão, de apenas 16 anos, trouxe frescura ao corredor. Mais tarde, entraram Caroline Møller e Rakel Engesvik para dar nova vida ao ataque, mas nem assim o golo surgiu. A melhor oportunidade apareceu aos 70 minutos, quando Catarina Amado recuperou no meio-campo, conduziu e entregou a Engesvik, cujo remate foi desviado, mas Bihina respondeu com classe.

O Racing Power não se limitou a defender. Neuza Besugo, saída do banco, quase gelava o Campus ao aproveitar uma falha da defesa encarnada para obrigar Lena Pauels a grande intervenção. O tempo corria e o nervosismo nas bancadas passou para dentro de campo, com o Benfica a insistir em cruzamentos que a muralha adversária anulou sem dificuldade.Sem chama, sem criatividade e sem eficácia, o Benfica soma já dois jogos oficiais sem vencer.

O Racing Power, por sua vez, sai moralizado: mostrou organização, coragem e, acima de tudo, uma guarda-redes que foi figura maior do encontro.

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