De Torres Vedras para a história: o Torreense voltou a surpreender e conquistou a sua primeira Supertaça, apenas três meses depois de ter levantado a Taça de Portugal. E, tal como no Jamor, o “gigante” abatido voltou a ser o mesmo: o Benfica

Foto: FPF

O jogo até parecia escrito para as águias, que logo aos 30 segundos inauguraram o marcador numa jogada rápida: Lúcia Alves rompeu pela direita, combinou com Nycole Raysla e Diana Silva assinou, com categoria, o seu primeiro golo de águia ao peito. Mas o Torreense não tremeu. Aos 12 minutos, Jesi Rossman lançou um cruzamento perfeito de canto e Gerda Konst, no coração da área, saltou mais alto e bateu Lenna Pauels para repor a igualdade.

Ao minuto 20, quase chegou a cambalhota no marcador: Janaina Weimar disparou colocado à entrada da área, mas a bola saiu a centímetros do poste.O aviso estava dado.Um Benfica desleixado, com erros sucessivos no passe e uma defesa desconcentrada,abriu caminho para que o Torreense,a jogar com grande qualidade, organização e trocas rápidas de bola,assumisse cada vez mais o controlo e mostrasse que vai ser candidato ao título nacional.

E aos 36 minutos chegou a reviravolta: livre direto de Paloma Lemos, defesa incompleta da guardiã encarnada e Rossman, sempre atenta, encostou para o 1-2. Até ao intervalo, o Benfica ainda festejou o que seria o empate de Lúcia Alves, mas o VAR anulou o lance por fora de jogo de Diana Silva.

Na segunda parte,Ivan Baptista tentou virar o rumo do encontro com as entradas de Martín-Prieto e Caroline Møller, mas o Torreense manteve a coesão defensiva,com cortes decisivos e uma maturidade surpreendente.Já nos descontos,novo momento de tensão:o VAR voltou a intervir para avaliar um possível penálti para as encarnadas, mas a árbitra assinalou falta ofensiva no início do lance.

Com garra e nervos de aço, o Torreense segurou o resultado até ao apito final. Em poucos meses, o clube de Torres Vedras soma dois títulos históricos e mostra que está pronto para desafiar os gigantes também na corrida pelo campeonato

Uma equipa que começou a época exatamente como terminou a anterior: a fazer história.

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