O Oracle Park, a histórica casa dos San Francisco Giants, acordou diferente. O que normalmente é palco de bolas rápidas e home runs transformou-se numa arena de futebol e num símbolo de algo maior do que um simples jogo.

Na noite em que o Bay FC e o Washington Spirit se enfrentaram, não foi apenas a bola a rolar no relvado improvisado. Foram também 40.091 vozes a ecoar e a quebrar barreiras e a inscrever um novo capítulo na história do desporto feminino nos Estados Unidos, protagonizaram a partida com maior assistência de sempre.
O encontro, anunciado como “The Show at Oracle Park”, não desiludiu dentro das quatro linhas. O Washington Spirit entrou mais forte e cedo se adiantou no marcador, com Wiesner a inaugurar o placard aos sete minutos. Pouco antes do intervalo, Bethune ampliou a vantagem aos 39’, e já nos descontos, um autogolo infeliz de Hubly colocou o resultado em 0-3 aparentemente resolvido.
Mas o Bay FC não baixou os braços. Ainda antes do descanso, Kundananji reduziu para 1-3 aos 45+5’, devolvendo esperança às bancadas. Na segunda parte, foi a vez de Hubly redimir-se, assinando o golo que fixou o resultado final em 2-3. A reação não foi suficiente para evitar a derrota, mas reforçou o caráter e a coragem da equipa da casa.
Mais do que o triunfo do Spirit, que com esta vitória saltou para o segundo lugar da NWSL, a noite ficará gravada pela atmosfera única criada nas bancadas. O recorde anterior de 35.038 adeptos, registado em junho no Wrigley Field, foi superado de forma clara, confirmando a ascensão imparável do futebol feminino.
O que aconteceu no Oracle Park foi mais do que um jogo. Foi uma celebração coletiva, uma afirmação de que o desporto feminino nos EUA não vive de promessas, mas de conquistas reais. Numa noite inesquecível em São Francisco, fez-se história e fez-se com paixão e talento.





Deixe um comentário