Milão recebe a Women’s Cup que trouxe para o coração da cidade um quadrado de talento europeu: Como, Juventus, Inter e Atlético de Madrid. O Lance D’Elas andou por lá, a sentir o cheiro da relva, o som das bancadas e aquela tensão boa que antecede cada apito inicial.

Foto:Michele Cosmai

Juventus vs. Como

Era a Juventus, sim, mas não a Juventus completa. Faltavam Girelli, Peyraud-Magnin, Bonansea e Cambiaghi, e isso notou-se. Menos faísca, mais pragmatismo. Ainda assim, as grandes equipas não precisam de encantar para vencer basta-lhes aproveitar o momento certo.

Beccari, a nova dona da camisola 9, assumiu o peso da responsabilidade deixada por Sofia Cantore, agora nos Estados Unidos. Não brilhou tanto pela técnica, mas pela personalidade e entrega.

E o momento certo chegou aos 38 minutos, quando Paulina Krumbiegel apareceu no sítio perfeito para abrir o marcador. O segundo veio cedo na segunda parte, aos 52 minutos, com Amalie Vangsgaard a assinar um golo que matou as aspirações do Como.

Do outro lado, a equipa de Stefano Sottili não se escondeu. Já habituada à Série A, mostrou-se adiantada na preparação: organizada, intensa, sufocante na pressão. Faltou apenas mais firmeza na retaguarda, mas fica claro que este Como quer mais do que sobreviver no campeonato.

Final: 2-0. A Juventus carimbou bilhete para a final

Atlético de Madrid vs. Inter de Milão

Do Atlético esperava-se mais. Muito mais. É verdade que não pôde contar com Gio e Luany, recém-chegadas da Copa América, mas do outro lado estava um Inter com a mente já na Liga dos Campeões, a disputar uma vaga decisiva a 27 deste mês, e por isso com a preparação num ponto mais avançado.

O jogo foi frenético, quase de basquetebol: ataques rápidos de parte a parte. Só que o Inter entrou de rompante 2-0 em 16 minutos e depois 3-0, com um penálti cometido pela capitã Medina.

O Atlético tentou reagir, mas o Inter foi surpreendente. Defensivamente sólido, saía para o ataque com três passes rápidos, todos de primeira, e chegava com perigo em poucos segundos.

Aos 13 minutos, Haley Bugeja abriu a contagem. Três minutos depois, Irene Santi ampliou. Aos 25, Vilhjalmsdottir assinava o terceiro, e parecia já um resultado fechado. Mas o Inter não parou: aos 50, Detruyer fez o quarto e, quatro minutos depois, Serturini fechou a mão cheia.

O Atlético só encontrou o caminho para a baliza aos 43 minutos, com Silvia Lloris a reduzir, e aos 52, Amaiur Sarriegui deu novo alento. Dois golos que mostraram reação, mas insuficientes para travar um Inter sólido atrás e letal nos contra-ataques, sempre a três toques e cara a cara com a guarda-redes.

Resta saber se este Atlético estava apenas num mau dia, com uma defesa demasiado subida e vulnerável, ou se este Inter está já num patamar de força e ritmo difícil de travar.

Final: 5-2. O Inter segue para a final

Domingo promete:

17h00 – Disputa do 3.º lugar

20h00 – Final entre as gigantes Juventus e Inter

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