Num momento em que o futebol feminino conquista o mundo com recordes de assistência, a Copa América parece presa no passado ignorada, mal promovida e tristemente vazia.

Foto: Sports+

Brasil x Venezuela estrearam-se na competição diante de bancadas quase desertas. E não foi exceção: todos os jogos têm sido marcados por estádios vazios, sem ambiente, sem alma.Enquanto isso, Marrocos x Senegal, na WAFCON, jogou-se perante uma multidão entusiasta. E na Suíça, o Europeu 2025 arrasta verdadeiras multidões: só na fase de grupos, cinco jogos superaram os 29 mil espetadores, com Espanha x Portugal a entrar no top 10 de assistências históricas.

📊 Top 5 de assistências na fase de grupos que entraram para o Top 10 de assistências da história de um europeu 4. 🇩🇪 vs 🇩🇰 — 34.165

5. 🇳🇱 vs 🇫🇷 — 34.133

6. 🇨🇭 vs 🇳🇴 — 34.063

7. 🇨🇭 vs 🇮🇸 — 29.658

8. 🇪🇸 vs 🇵🇹 — 29.520

E na América do Sul? Nem 1/4 dos lugares ocupados no Brasil x Venezuela assim como nos restantes jogos.Um contraste gritante e vergonhoso para uma região com tanta história no futebol.

Está a CONMEBOL a falhar redondamente?

Tudo indica que sim. A entidade continua a tratar o futebol feminino como um compromisso protocolar, e não como um pilar a ser valorizado. Mesma fórmula, mesmo descaso, nenhum esforço real para transformar o torneio num espetáculo digno da grandeza das atletas sul-americanas.

Num mundo onde o futebol feminino cresce a olhos vistos, a América do Sul continua estagnada, e a culpa tem nome: desinteresse institucional.Se nada mudar, a Copa América Feminina continuará a ser sinónimo de invisibilidade, quando deveria ser um palco de afirmação continental.

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