No mundo do futebol, há números que se vestem com orgulho, e há números que se tornam lendas.

O 13, em San Diego, já não será apenas um algarismo. Será uma memória eterna, uma história vivida, uma inspiração gravada no tempo.

Foto:San Diego Wave FC

No próximo dia 7 de setembro, no relvado do Snapdragon Stadium, onde Alex Morgan se despediu oficialmente do futebol em setembro 2024, o San Diego Wave FC fará uma cerimónia para a atleta americana onde a camisola com que tanto brilhou será retirada, não como um adeus, mas como uma homenagem ao que jamais poderá ser esquecido.

Alex Morgan não foi apenas uma jogadora. Foi a alma, o coração e a chama que acendeu o sonho deste clube desde os primeiros passos.

Chegou em 2021 com a tranquilidade dos grandes e a força dos que mudam tudo à sua volta. Marcou 23 golos em 50 jogos, liderou como capitã, conquistou a Chuteira de Ouro da NWSL logo no ano de estreia e guiou a equipa à inédita conquista do NWSL Shield em 2023 apenas no seu segundo ano de existência.

Mas o legado de Morgan vai muito além das estatísticas. Vai além dos golos e dos troféus. Ela foi pioneira. Foi símbolo de confiança num projeto novo e ousado. Transformou o San Diego Wave numa casa, a cidade num palco, e os adeptos numa família. Inspirou meninas a sonhar com grandes estádios, e mulheres a acreditar que o topo é, de facto, para todas.

“Ela ajudou a construir os alicerces do nosso clube. Definiu quem somos. Fez-nos acreditar”, afirmou emocionada Lauren Leichtman, governadora do clube.

E quem a viu jogar sabe: cada corrida, cada passe, cada golo de Alex Morgan carregava a paixão de quem não joga apenas por jogar, joga para deixar marca.Esta será a primeira camisola a ser aposentada pelo San Diego Wave. E que outro número poderia ser? O 13 de Morgan, que noutros tempos poderia ser visto como sinal de azar, aqui tornou-se sinónimo de sorte, de glória e de resiliência.

Com dois mundiais, uma medalha de ouro olímpica e uma carreira recheada de momentos imortais pela seleção dos EUA, Morgan anunciou o fim da sua caminhada nos relvados no ano passado, após saber que ia ser mãe pela segunda vez.

Saiu como sempre viveu: de cabeça erguida, com elegância, e com o mundo a aplaudir.No próximo setembro, o estádio será pequeno para tanta emoção. Não será apenas a retirada de um número. Será a consagração de um legado. Um mar de memórias inundará San Diego, e todos, dos mais novos aos mais velhos, saberão que ali jogou uma lenda.

O número 13 não será mais usado. Porque pertence, agora e para sempre, a quem o imortalizou.

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