Num final de temporada digno de um filme, as London City Lionesses escreveram o capítulo mais épico da sua história: garantiram, pela primeira vez, a tão sonhada subida à Super Liga Feminina (WSL). E fizeram-no à sua maneira com drama, garra e um golo de outro mundo.

Foto: London City Lionesses

No mítico relvado de St Andrew’s, e frente ao rival direto Birmingham City, o London City entrou com tudo. Um golaço de Izzy Goodwin, a craque que não se cansa de brilhar, abriu o marcador com um remate de longe que fez levantar o estádio. Pouco depois, Chantelle Boye-Hlorkah fez o segundo com um cabeceamento certeiro.

O sonho estava ali, a ganhar forma.
Mas ninguém disse que seria fácil. O Birmingham puxou dos galões e reagiu com alma: Emily van Egmond reduziu, e Cho So-hyun empatou a quatro minutos do fim com um voleio magistral. O coração dos adeptos do London City quase não aguentava. Dez minutos de sofrimento e tensão seguiram-se, mas quando o apito final soou… foi o delírio. Estavam na WSL!

Esta subida tem um sabor ainda mais especial: o London City será o único clube totalmente independente na primeira divisão na próxima época, numa liga dominada por emblemas ligados à Premier League.

O clube é liderado pela empresária americana Michele Kang que também gere o gigante Lyon e o Washington Spirit da NWSL. Uma visionária que aposta e investe milhões no futebol feminino e a verdade é que esta nova equipa de Londres teve contratações sonantes como Kosovare Asllani e a goleadora Goodwin, e um novo centro de treinos de topo dando asas a um ambicioso projeto que começa agora a dar frutos.

Os números não enganam: 13 vitórias em 20 jogos, uma impressionante série invicta desde novembro, e uma equipa que nunca deixou de acreditar.

Agora, a WSL espera por elas. Com coragem, talento e um sonho que se tornou realidade, as London City Lionesses estão prontas para rugir entre as gigantes.

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